sábado, 10 de dezembro de 2011

A.ndo C.heio, A.ndo

Volto a escrever como se tivesse recuperado um poder que perdi a muito tempo
e a inspiração vem assim, meio que embaraçada, com se eu tivesse perdido o poder de escrever. Mas agora já não dá mais para parar. Infelizmente não consigo falar sobre sentimentos nesse texto. Ainda tô meio perdido em relação à isso tudo e não tô sentindo nada no momento também. Mas vamos escrevendo... Gostaria de agradecer à Ana Carolina Augusto por este fenômeno. Essa vontade de voltar a ter vontade de escrever. Ela postou algo no facebook dela, e eu achando que facebook pouco servia, e isso despertou em mim o sentimento de que talvez ainda valesse à pena fazer poesia. Sim, eu sei que vou me arrepender, mas por enquanto, que a poesia seja feita...

"papo meio adolescente

Tô inquieto
tô inquieto porque estou cheio
cheio de estar vazio
cheio de sentir vazio
cheio de ser vazio
quero ser cheio
quero ser cheio até sentir vontade de ser vazio

quero ficar cheio de ser cheio
mas cheio demais pra esvaziar
cheio de que !?
cheio de amor, é claro.
Tô amando tanto
tô amando tudo
só não tô amando esse papo de ser vazio
isso tá meio chato, sabe
tanta coisa pra sair e ao mesmo tempo nada dentro
tá na hora de resolver tanto vazio
tá na hora de colocar algum outro vazio nesse vazio
que magia estranha é esse amor, né
somando dois vazios obtêm-se um cheio
nem sempre tão cheio,
às vezes mais cheio de um lado que do outron
às vezes um lado transborda e o outro tá lá no último gole
Porra, que saudade de não ser vazio
Quero transbordar
tô louco pra transbordar
Já to transbordando
mas tô vazio"

sei lá, foi o que veio... talvez melhore com o passar do tempo... tô passando pelo problema de escrever num mundo onde as pessoas não sabem ler. É difícil esse papo aí.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

for k

sabe. eu gosto de voce. gosto de voce assim, de graça, sabe. foi muito bom recuperar o contato com voce depois de tanto tempo, de verdade. E melhor ainda quando descobri que tinhamos tanto em comum. Foi muito bom te ver de novo e sair com voce, mesmo que para uma noite frustrante de grunge no inverno. Mas apesar de tudo, foi lindo. Lindo de verdade e eu fico feliz por ter acontecido. Sinto que nossa amizade tá indo embora de novo. Não sei se é pra ser assim, mas tá indo. Isso me deixa triste, mas não sei se posso evitar, talvez seja pra ser assim, não sei. Às vezes é isso mesmo, a gente vai se apegar e se desapegar pra sempre, não sei... Sei que não queria ter que te deixar ir, mas sei lá... sabe... às vezes sou eu pedindo, de novo, demais das pessoas. Queria você por perto porque gosto de poucas pessoas e gosto de você mais do que da maioria que gosto. Acho que era só isso. Não sei como vai ser daqui pra frente, quando vamos nos ver ou nos falar de novo, mas espero que tenha sorte. Sorte e sucesso.

sábado, 4 de junho de 2011

pra não pensar

corro
tô sentado na cama, aparentemente tranquilo e descançado.
na verdade tô correndo.
tô indo pro mais longe que posso.
fugir de mim

só corro, sabe...
acho que depois de 10 meses finalmente aprendi a tirar férias
acho que era iso que tava me deixando tão cansado. eu
to precisando relaxar. sabe

uns dias sem a rotina de tédio que sempre acaba em bar
quem sabe comprar um livro infanto juvenil e retomar um pouco daquela mente fantástico fantasiosa que a gente tem quando só se lê infanto juveni...

to precisando disso
de um pouco de outros mares
de um pouco de conversa jogada fora e sorrisos
e aquela esperança que eu tinha aos 15 anos
aquela vida de quem entendia tão pouco do mundo.
de quem achava que as coisas iam ser fáceis
de quem não sabia o tamanho do fardo que era ser alguém de verdade.

to precisando dar uma viajada
pra nao terminar
pra não continuar
pra me sentir de novo como se tudo fizesse sentido.

não sei em que ponto perdi o espírito de sonhador
nem tô falando isso como uma última lástima tentando recuperá-lo...
mas sei lá sabe
queria um tempo pra mim
pra não pensar.

fim de semana parte 3 - pra voltar pra casa.

acabou. nao tem mais por que lutar. nao quero um talvez. nao nasci pra um se... queria certeza e queria liberdade. queria voce. mais que qualquer coisa voce. nao comigo. nem sem migo, mas feliz. voce como voce devia ser. sabe. livre. ai eu seria livre tambem. e ai tudo bem.. mas nao é assim que vai ser. nao to dizendo que to fazendo a coisa certa. nem to dizendo que to fazendo a coisa errada. apenas to fazendo mais uma coisa. sabe. é assim que tenho visto as coisas agora. nao espero nada. nem quero nada. vamos só ver sabe. ver o circo pegar fogo e ver os bombeiros chegar. e as vezes pensar que se voce tivesse feito algo voce podia ter evitado aquele acidente. mas acidentes acontecem e voce nao pode ficar querendo o melhor pra tudo sempre. mesmo que quando eu diga tudo eu esteja pensando só em voce. mesmo que essa minha frase tenha sido uma mentira. porque afirmar que eu to indo embora e depois dizer que é porque talvez nem sempre voce possa ter o melhor nem tenha percebido que eu disse inconscientemente que eu sou o melhor pra voce. e eu nao sou. voce é o melhor pra voce. do jeito que voce é. e é assim que te quero. perto ou longe.
antes de qualquer coisa quero te agradecer. te agradecer porque cresci com voce. quando voce me encontrou eu era uma criança arrogante. agora eu sou uma criança que sabe engolir as coisas as vezes e nao falar as coisas as vezes e as vezes até gostar das coisas que nao gosto. nao por voce, nem por mim. mas só por ser. sabe... voce me ajudou a ser uma pessoa melhor. e eu admiro isso. admiro isso porque nunca tinha escutado ninguem antes. eu fazia minhas regras. eu tinha minha liberdade. minha solidao. eu tinha eu. e eu era só o que eu precisava. até aparecer voce. ai eu já nao era o bastante. eu precisava de nós. mas nós não era possível. e aí eu ficava procurando outros nós... nós em corda, nós em cadarço, nós em fones de ouvido... nós curtos e compridos. mas nenhum nós era como o nosso nós. como eu e voce e como voce e eu e, principalmente como voce. acho que é ai que tá toda a magia. mas voce já tinha outro nó. um nó que era tão importante quando o meu nó. era um nó gasto meio velho e conhecido mas um nó com seu nome nele. e eu era só um nó. um nó novo e diferente. um nó cheio de novas possibilidades. mas era um nó que queria seu nome nele. e ficava tentando escrever o seu nome em mim. mas meus braços que seguravam o nó e quando eu tentava escrever seu nome, eu virava linha. e linha já nao era importante... o importante era nó. e ai eu virava nó e seu nome ficava escondido. e eu ficava tentando te mostrar que seu nome estava lá mas voce nem conseguia ver. e quando voce conseguiu ver nao sei se já era tarde ou se era cedo demais. mas nao foi a mesma coisa. ai eu fui tentando melhorar. me tornar um nó mais bonito. mais importante. mais leal. mas nao se trata disso. se trata de ser um nó que nao sou. e isso não dá pra ser.
dai eu fugi. fugi mesmo sabe. com tudo que era meu e algumas coisas que nao eram minhas a tira colo. e voce nem me viu fugindo e eu nao queria que me visse também porque qualquer movimento seu que fosse contra a minha fuga era força o suficiente para evitar que eu fugisse... ai eu ia ficar. e se eu ficasse eu nem sei se ia ter força pra ser nó nem vitalidade o bastante pra ser linha e ai eu podia ser nada. e ser nada nao é o que eu quero. e ser nada não é o que voce quer que eu seja. e eu nao quero que todo mundo saiba que as vezes eu só queria ser o nó mais importante. porque é egoísmo demais pra mim.
Daí eu fugi e voltei pra casa. voltei pra casa porque em casa eu to seguro. eu tenho tudo que me lembra voce e tudo que eu preciso pra nao achar que preciso de voce : nada.
nada porque nao preciso de nada pra te lembrar e nada porque nada é exatamente o que vou fazer pra te esquecer. porque nao vou. nao importa o que faça. nada. nada vai te esquecer. porque mesmo que eu fique como um louco tentando desamarrar teu nó da minha vida. a corda alí é mais fraca e se arrebentar eu me arrebento e eu nao quero que arrebente. nem quero desatar esse nó. porque eu já nao sei mais qual nó sou eu e qual nó e voce. e nesse bololo todo de nós e eu e voce e a gente e voce e ela e eu e ninguém e nem sei é que às vezes me sinto vivo. mesmo que na maior parte do tempo nao. mas as vezes tem um segundo. um segundo só que voce me olha com uma certeza que nem eu tenho e ai eu penso "é. isso tudo é que vale à pena." mas logo passo a pensar que fui um bobo por pensar isso.
Qualquer dia desses eu volto pra í. voce sabe. nao vou me afastar. nem consigo tambem. já te disse que tentei. mas não dá. até dá mas não vai ser. e aí fico nessa.sabe...
qualquer dia talvez a gente tente de novo e qualquer dia a gente acerte o ponto e faça um nó sobre nó que ninguém desate... enquanto isso, só vou voltar pra casa.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

fim de semana parte 2 - para nao ir

tava pensando em nao aparecer. será que voce ia notar que eu nao fui ? será que ia ficar muito sentida e todo mundo ia me culpar de novo ? é engraçado né. como meu humor muda de repente e eu já nem sei mais o que quero. ou quando as vezes fico querendo o oposto do que tinha te pedido. lembro do dia que voce admitiu que nao me entendia. na hora eu fiquei meio decepcionado. depois pensei que nem eu me entendia também. a diferença é que eu sabia o que tava acontecendo porqeu eu tava sentindo o que tava acontecendo. mas as vezes nem sei como vou te explicar tudo que tá acontecendo. as vezes nem sei expressar o que tá acontecendo. por mais que eu tente.
enfim.
nao tava querendo ir amanha. mas nem é isso nao. a verdade é que nao tava querendo que amanha existisse sabe. queria so fingir que nao sabia de nada. fingir que esqueci ou senao acordar gripado demais. com febre. doente e ligar dizendo que to mal e nao vai dar pra ir. ou chover. podia chover. ai eu nao iria e ia ter uma boa desculpa. ou voce precisar desmarcar. imagina. ai, que horror. to te desejando mal. nao quero te desejar mal. mas queria nao ter que ir. nao que eu tenha. eu posso nao ir. é simples. mas e ai? ai eu vou dormir sem respostas e talvez dormir sem respostas possa ser pior que ir e nao gostar das respostas. nossa. como a vida fica complicada nessas horas... queria tanto achar uma resposta fácil. quer dizer. as respostas são fáceis. né. ou eu vou ou eu nao vou. mas e ai ? quer dizer. sao dois resultados totalmente diferentes. se eu nao for voce talvez nunca mais fale comigo. se eu for talvez eu nunca mais fale com voce. e aí? aí que nao sei. mais uma vez nao sei. e nao tem ninguem que possa saber por mim. ai. nao sei. que droga.
me liga desmarcando, vai... me ajuda. diz pra mim que nao preciso ir. diz que tá frio. que voce nao quer que eu fique doente. finge que se importa e me dá uma desculpa pra eu nao sair de casa. eu podia falar que passei mal. mas eu nao sei mentir. quer dizer. eu sei. todo mundo sabe. mas eu nao quero. nao pra voce. nao assim. mas nao vou te dizer que eu nao fui porque tava com medo de ir. voce nao vai entender. vai achar que to escondendo algo. mas voce nunca entende. quer dizer. eu acho que voce nunca entende. nunca nao. as vezes voce entende. as vezes quem nao entende sou eu. tipo agora. nao to entendendo nada. so sei que queria ir. mas nao queria chegar. ou melhor: queria que ainda fosse segunda. ai eu tinha uma semana toda pra decidir se ia ou nao ia. ai que droga sabe. as coisas iam ser tao mais faceis se eu tivesse certeza de voce.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

fim de semana parte 1. - pra nem sei

tô indo embora. Tô indo embora porque você também tá indo embora senão nem ia embora. Mas acho que se você não fosse embora eu ia cansar e ia embora primeiro. Acho que já deu sabe. Nem sei sabe...
to meio perdido. to meio perdido e acho que voce tá também, senão acho que eu nao tava. Nem sei sabe...
Acho que já deu tudo que tinha que dar mas nem deu nada sabe.. acho que no fundo voce quer que eu vá tambem mas nao tem coragem de dizer porque antes voce queria que eu ficasse e eu queria que voce ficasse tambem. entao ficamos. mas agora eu nao sei se quero que voce fique mas tenho medo do que vai ser se voce for. e ai fico com medo de ir tambem porque nao sei o que vai ser quando eu for e ai a gente nem vai nem fica porque a gente ta com medo de tudo, sabe...
nem sei. ai as vezes eu acho que a gente sabe o que ta fazendo. tipo como se tudo fizesse um puta sentido sabe. mas nem sei. as vezes parece que tudo tá correndo de um jeito muito estranho né. tipo como se a gente tivesse meio certo meio errado. meio que fugindo sei lá do que.
as vezes nem sei sabe...
as vezes acho que preciso de voce mais que ontem sabe. e as vezes acho que nem preciso tanto de voce. as vezes acho que voce que nao precisa tanto de mim mas ai voce me olha daquele jeito que so voce me olha sabe e ai nem da pra saber o que voce quer de mim sabe. as vezes nem é voce que me olha ne. as vezes eu te olho e ai voce me olha de volta e nao sei o que voce ve no meu olhar mas deve ser a mesma coisa que eu vejo no seu e ai parece que voce sabe que eu sei que voce sabe o que a gente nao sabe. né. porque no fundo a gente nao sabe nada. porque se te perguntarem voce nao sabe e se me perguntarem eu tambem nao sei né. porque no fundo é isso mesmo. a gente tá perdidasso. perdidasso e junto. junto porque a gente acha que tava mais perdido sozinho. mas eu to tao perdido que nem sei se a gente ta junto ou se a gente ta sozinho. complicado sabe
achei que ia ser mais facil essa historia toda. acho que é por isso que tá tudo tão complicado né. eu imaginei demais. né. nem sei se voce imaginou também. né. nao lembro de voce falando nada do tipo. sei lá também né. as vezes é só teu jeito. as vezes to pedindo demais de voce... nem sei sabe...

pequeno diálogo

R says:desculpa a curiosidade agressiva...
R says: (bela foto)
R says: mas o que começou?
M says: junho
R says: ah, sim
R says: esperava algo mais grandioso
R says: haha
M says: eu odeio junho
R says: aah sim.
M says:tudo dá errado
M says:e já começou
R says:o que começou ?

ad infinitum

saudade

to precisando de voce.
mas nao de voce em um mundo em que eu tenho que voltar pra casa dos meus pais
mas sim
em um mundo que a gente se sinta sozinho junto e morra junto e fume 2000 cigarros junto
e nao tenha que se preocupar
e possa ser triste de verdade
mas ser triste junto
só por um dia
com muito café
e música triste
e conversa
mesmo que só por um dia
pra te sentir por aqui
Pra te sentir aqui por inteira. Sofrendo, sabe.
Sofrendo como só a gente sabe sofrer...
ouvindo um pouco de dylan, um pouco de Erik Satie e Blind Pilot
até um de nós encher o saco e ir embora.
E a gente ficar mais alguns meses sem se ver.
Vê se aparece aqui um dia
só para eu sentir vergonha da casa suja e ficar procurando desculpas esfarrapadas para a bagunça
e me sentir meio feio meio sujo quando me olhar no espelho antes de abrir a porta.
Só pra eu me sentir um pouco vivo.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Feliz aniversário.

É, eu não te deixei nada aqui no dia do seu aniversário. Não sei se devo me sentir culpado por isso, talvez sim, mas só um pouco, afinal, eu estive com você e foi ótimo estar com você no dia. Não preciso dizer nada para você. Nem o quão importante você é, nem o quanto eu gosto de você e o quanto queria ter você do meu lado pro resto da minha vida. Eu ando meio sem inspiração, meio avoado... Não to conseguindo me concentrar muito numa coisa só... Acho que, por um lado, isso é muito bom. Por outro eu não sei dizer... tá um cheiro horrível de galinha queimada na minha casa e muito frio para eu ir para o lado de fora... não que isso tenha algo a ver com qualquer coisa que eu disse antes, mas eu precisava reclamar, pelo menos um pouco... haha
Ah! Eu te amo. Essa é a verdade. Te amo e aceito qualquer circunstância para ficar junto de você, da forma que for, pelo tempo que for, pro que for. Então é isso. E só isso.
Não tenho muito pra falar, mas Caio Fernando Abreu pode me ajudar a terminar esse texto...

"Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.
Remar.
Re-amar.
Amar." - CFA

Feliz aniversário

terça-feira, 17 de maio de 2011

A espera

A espera

quero conversar
sem tema
sem precisão
só quero alguém falando comigo
porque to apaixonado
e nao sei o que fazer
porque tenho que esperar
mas nao sei quanto tempo
porque tenho tanto medo de perder que nem sei mais se devo fazer alguma coisa
quero conversar, porque só um amigo pode me ouvir
porque nao tenho nada para falar
e só voce entende meu silêncio

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

to aprendendo por ai

Eu cometo gafes, eu erro e ten ho medo de admitir, sempre, ou quase sempre procurando um jeito de contornar a situação. Errar é ruim demais. Bah, que terror. Já foi meu tempo de ser assim. Cometo gafes e sorrio, tenho gostado de errar mais do que de acertar, admirar mais que ser admirado. É bom saber que não sei de nada (:
Eu já tive medo de fazer as coisas em público, de aprender as coisas em público, de falar inglês errado, de sorrir com os dentes sujos, de beijar e ter mal hálito, de dançar feio, de fazer algo mal feito. Quanta covardia. Tem algo mais lindo que a arte mal feita ? Que a inconcebível delícia do erro ? Hoje não sou mais aquele ser perspicaz e infalível, sou o morimbundo, o bêbado maltrapilho. Não vou nem mentir que estou adorando essa vida. Sem o medo do medo dos outros, ou a vontade da aprovação dos outros. Só seguindo. Só seguindo como quero, o que é o mais importante. Acredito que tudo nessa vida, quando se quer, se aprende. Aprendi a ser eu mesmo, e isso é bom.

Invisible, do what you want.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Orgulho

eu nunca te dei 1 motivo se quer para duvidar de mim, para achar que eu me meteeria em furadas, que eu faria merda. Eu nunca fiz nada que achava errado com medo de te decepcionar. Às vezes acho que deveria, só para saber como ia ser, mas não consigo, nunca vou conseguir. Minha admiração por você é maior do que tudo. Eu tenho medo de um dia você olhar na minha cara e só por um segundo sentir vergonha de mim. Seria algo inaceitável. Algo que você nunca vai entender e eu nunca vou te explicar. Eu queria poder ser exatamente tudo que você já quis que eu fosse, queria poder te dar todas as alegrias que eu já quis, mas tenho meus limites, infelizmente. Por mais que eu queira, não consigo ser o filho perfeito, chego o mais próximo que consigo, mas sinto que isso é muito menos que o bastante. Na maioria das vezes isso me dá forças para ser melhor do que realmente sou, me dá forças para lutar só mais um pouco, melhorar só mais um pouco, outras isso me retrai para ser eu menos um pouco, experimentar menos um pouco, fazer menos um pouco. Não reclamo. Te devo minha vida e sei disso. Como disse, o orgulho que eu sinto de você é algo que nunca vai sumir, não por você ser o melhor pai do mundo ou a melhor pessoa do mundo, que você não é, mas porque você é exatamente a pessoa que eu quero ser quando tiver a sua idade. Talvez com umas qualidades que você não tem e uns defeitos que você não tem, mas em suma, o mais próximo de você que eu conseguir.
Eu te amo, cara. Cê nem sabe o quanto.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

whereabout of conscience

You can't move the wind. It's inevitable that you'll try but it's just impossible. It's just like trying to catch water with your open hands.
Forget about your big chances most of then weren't even big. I mean what really matters for you ?
Are you getting your chance ?
Is this really your big shot?
Who you really are ?
Can you securely answer those questions ?
Are you afraid of the future ? Or are you a dreamer ?
Can't you feel like controlling your destiny ?

You should be shamed of yourself.
Scum. That's what you are. Scum! Deeply inconstant terrible SCUM.
crawling around the wormholes of your consciouness just to grab the remains of conquers.
You are feeding of the rests and yet you feel on top. What's wrong with you ?
Can't you figure out you are a loser !?
Someone's pulling your strings and you becomes a dancer
AND YOU SMILE AT IT !?

I am screaming to you your whole life makes no sense and all you do is laugh at me ?
Can you realize how repugnant it is for me to see you ?
I mean ignorance stinks and i can smell you miles away

I ain't gonna tell you to open your mind. As I said before, you can't change the wind. I'll just run in the same direction.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Despedidas e agradecimentos

Finalmente tive tempo pra escrever o que estava querendo neste título, que paira no blog a alguns dias...

[...] Circundo velozmente o pátio da casa, descrevo mentalmente cada parte, tocando-as pela última vez. Absorvendo cada centímetro de conhecimento e aprovação que não percebia desde o primeiro dia em que aqui pisei. Comtemplo cada perímetro da arquitetura com um olhar triste, longe. Vago pela imensidão do hall, pela sala, a cozinha, a área dos fundos. Só não entro no quarto. Sinto que se o fizesse ele me pediria mais uma noite, mais um tempo sozinho comigo. O quarto foi meu mais fiél companheiro na casa. Me abrigou em noites turbulentas e cuidou de mim quando estive doente. Ele merecia uma despedida digna, por isso prefiro só partir.
Não consigo simplesmente entregar a casa. Parecia que não, mas havia me apegado à ela; às maçanetas enferrujadas, ao rangir das escadas da varanda, ao jardim moribundo que eu mal tinha tempo de cuidar. Cada detalhe me parecia ser surrupiado. Puro delírio. Em minha mente, tudo que via era aquele homem de terno e maleta, o dito advogado, dizendo que aquela casa não era mais minha e, de repente, todas as minhas memórias iam se apagando. Nada meu era mais meu, só a imagem daquele advogado, que após tirar tudo era o que havia sobrado na minha vida. Passo mais uma vez o olho pela casa. Passo pelo advogado e deixo a chave na mão dele, sem encarar o rosto. Não quero olhar pr'aquele homem. uma lágrima cai no chão de terra um pouco antes do portão. Meu último toque na casa. O advogado bate o portão atrás de mim e ninguém quis saber se eu já tenho para onde ir. [...]