Meus amigos jah nao me alegram mais. Nao me sinto mais incluso em grupo algum... Minha maior alegria eh estar com aqueles que nao me compreendem e que eu nao compreendo. Me divirto muito mais com pessoas mudas, com coisas sem vida ou com vida sem razao. Ultimamente, meus melhores amigos tem sido, nao aqueles que querem me divertir, nem aqueles que querem se divertir comigo, mas aqueles que eu tenho que divertir; e nao estou falando sobre pessoas. Meu melhor amigo, hoje, eh o cao. Mas nao um cao especifico, desses que a gente da nome e da banho e cria num apartamento e carrega pra onde a gente quer ir quando os "levamos para passear". Estou falando dos caes de rua. Aqueles maltratados que ninguem da valor. Que sao chutados de lojas, que sao enojados pelas pessoas que eu tanto enojo.
Seria uma crueldade se nesse texto eu nao expresasse meu verdadeiro sentimento sobre tudo e todos, mas, infelizmente, nao estou em um bom momento para sentir coisa alguma.
sábado, 27 de março de 2010
domingo, 7 de março de 2010
abismo mental
Me sinto mais fraco a cada dia quando acordo. Eh como se minha vida tivesse se tornado uma grande doen;ca incuravel. Sinto minha felicidade, minha destreza, minha inteligencia, meu reflexos, todos se esvaindo lentamente. Tento segurar-me, mas minhas maos parecem peneiras. Tudo passa por elas com uma velocidade reluzente, e uma vez que tocam o chao, apodrecem e morrem com a mesma velocidade com que foram criados. Me sinto no fim, me sinto no chao.
A primavera acabou solenemente, e o verao passou como um raio sobre minha mente. De repente me pego, novamente, pensante, meio atordoado da batida. Minha cabe;ca ainda esta na noite de ontem, me pergunto se ela existiu. De algum modo meus pensamentos, minhas lembran;cas, minhas memorias, jah nao parecem mais ser minhas. Como se em algum momento do percurso eu tivesse me perdido. Como se esse corpo nao fosse meu, essa vida nao fosse minha.
Talvez, em algum momento eu deva ter me perdido de mim, e agora, eu nao sei mais quem sou. E nao eh que eu me sinta como duas pessoas diferentes, o que eh mais estranho, eh que eu nao me sinto como ninguem. Quando digo isso nao procuro comparar-me ou igualar-me, pretendo simplesmente achar-me, conseguir definir-me talvez ainda seja pedir demais, mas pelos menos sentir-me. Saber que ainda existe algo dentro de mim que responde. Me sinto como uma pedra oca. Tenho aparencia rigida e forte, mas sou vazio e incompleto. Nao sei o que falta em mim. Nao sei do que preciso, nao sei o que quero ou o que deixo de querer. As coisas, cada vez mais, perdem o valor para mim. Meus livros, meus textos, meus sentimentos, as pessoas a minha volta. Cada vez preciso menos de cada uma dessas coisas, e cada vez mais tento substitui-las com algo que me aproxime de mim. Me sinto cada vez mais fechado em um mundo que eh soh meu. E nao consigo mais me sentir a vontade fora desse mundo. A realidade, agora, me parece fic;cao, e a fic;cao parece nao existir, e eu nao sei em que mundo eu vivo. E eu nao sei que lingua eu falo. E eu nao sei quem sao meus amigos. E eu nao sei quem sou Eu. Acho que esse ultimo resume todos os anteriores com uma for;ca de expressao impressionante.
Meu medo eh me perder por completo. Eh nao saber mais o que eu sou, e nisso, nao conseguir sair de mim. Eu consigo aceitar, tranquilamente, que de uma hora para a outra eu deixe de viver; morrer eh um processo natural da vida, e eu estou preparado para aceitar esse dia quando ele chegar, seja amanha ou daqui a 60 anos, eu realmente nao me importo, e nao sou eu que decido isso. Agora, nao estou preparado nem um pouco para deixar de existir. Nao posso me permitir a isso. Preciso me apegar a algo para nao me perder. Mas nao tenho mais bases, nao tenho mais onde me segurar, me sinto cada vez mais perto da queda, e sei, que se um dia eu bobiar e cair, nao tenho mais volta.
A primavera acabou solenemente, e o verao passou como um raio sobre minha mente. De repente me pego, novamente, pensante, meio atordoado da batida. Minha cabe;ca ainda esta na noite de ontem, me pergunto se ela existiu. De algum modo meus pensamentos, minhas lembran;cas, minhas memorias, jah nao parecem mais ser minhas. Como se em algum momento do percurso eu tivesse me perdido. Como se esse corpo nao fosse meu, essa vida nao fosse minha.
Talvez, em algum momento eu deva ter me perdido de mim, e agora, eu nao sei mais quem sou. E nao eh que eu me sinta como duas pessoas diferentes, o que eh mais estranho, eh que eu nao me sinto como ninguem. Quando digo isso nao procuro comparar-me ou igualar-me, pretendo simplesmente achar-me, conseguir definir-me talvez ainda seja pedir demais, mas pelos menos sentir-me. Saber que ainda existe algo dentro de mim que responde. Me sinto como uma pedra oca. Tenho aparencia rigida e forte, mas sou vazio e incompleto. Nao sei o que falta em mim. Nao sei do que preciso, nao sei o que quero ou o que deixo de querer. As coisas, cada vez mais, perdem o valor para mim. Meus livros, meus textos, meus sentimentos, as pessoas a minha volta. Cada vez preciso menos de cada uma dessas coisas, e cada vez mais tento substitui-las com algo que me aproxime de mim. Me sinto cada vez mais fechado em um mundo que eh soh meu. E nao consigo mais me sentir a vontade fora desse mundo. A realidade, agora, me parece fic;cao, e a fic;cao parece nao existir, e eu nao sei em que mundo eu vivo. E eu nao sei que lingua eu falo. E eu nao sei quem sao meus amigos. E eu nao sei quem sou Eu. Acho que esse ultimo resume todos os anteriores com uma for;ca de expressao impressionante.
Meu medo eh me perder por completo. Eh nao saber mais o que eu sou, e nisso, nao conseguir sair de mim. Eu consigo aceitar, tranquilamente, que de uma hora para a outra eu deixe de viver; morrer eh um processo natural da vida, e eu estou preparado para aceitar esse dia quando ele chegar, seja amanha ou daqui a 60 anos, eu realmente nao me importo, e nao sou eu que decido isso. Agora, nao estou preparado nem um pouco para deixar de existir. Nao posso me permitir a isso. Preciso me apegar a algo para nao me perder. Mas nao tenho mais bases, nao tenho mais onde me segurar, me sinto cada vez mais perto da queda, e sei, que se um dia eu bobiar e cair, nao tenho mais volta.
Chuvas de domingo #1
Eu nao sei o que quero, muito menos o que nao quero.
O que eu nao sou jah se tornou parte de mim. Hoje sou ideias, e nao passo de ideias. Sou um domador de uma besta, chamada Eu. Nao conhe;co os caminhos por onde ja passei, e nao fa;co ideia de para onde estou indo, mas sigo esse rumo como se tivesse a certeza de que tudo que fa;co eh certo, e de que eu soubesse onde vou parar. Na verdade nada eh planejado. Podemos nos adequar a tudo, e tudo pode nos trazer o que procuramos se soubermos olhar para as coisas da forma certa.
Nao ha nada mais que me fa;ca voltar atras. Estou desacreditado e desamparado. A rua perdeu a sua cor e seu sentido. As pessoas jah nao fazem mais tanta diferen;ca assim nessa plateia inospita que tenho na minha frente. Estou acabado, rasgado.
Nao me sinto mais tao bem em volta das pessoas. Descobri um novo mundo dentro do meu mundo. Nao me aventuro mais. Nao quero sofrer mais. Nao sei mais se devo buscar coisas que dependam de muito mais do que do meu potencial individual. Nao estou mais apto a depender das pessoas, e mesmo que estivesse, qual a grande fun;cao disso ?
Me nego a acreditar na pura existencia do amor, ou pelo menos, nao acredito mais na sua mutualidade. Entro em uma nova fase, agora adapto-me ao mundo. Nao quero mais mudar as coisas ao meu favor, pelo contrario, quero agora, mudar-me a favor das coisas.
Nao sou mais um criador de situa;coes, sou, meramente, um participador das mesmas. Minha influencia agora nao eh mais no papel principal. Essa historia jah nao eh mais minha.
Encontrei em mim, uma vida que nao ha fora de mim. Encontrei talvez, um refugio, um altar. Meu recanto no meu eu.
Nao sei por quanto tempo ainda posso me esconder dentro de mim. Nao sei por quanto tempo continuarei protegido aqui dentro. Nao sei nem se isso pode me trazer problemas futuros. Mas, por enquanto, eh o melhor que eu arranjei.
O que eu nao sou jah se tornou parte de mim. Hoje sou ideias, e nao passo de ideias. Sou um domador de uma besta, chamada Eu. Nao conhe;co os caminhos por onde ja passei, e nao fa;co ideia de para onde estou indo, mas sigo esse rumo como se tivesse a certeza de que tudo que fa;co eh certo, e de que eu soubesse onde vou parar. Na verdade nada eh planejado. Podemos nos adequar a tudo, e tudo pode nos trazer o que procuramos se soubermos olhar para as coisas da forma certa.
Nao ha nada mais que me fa;ca voltar atras. Estou desacreditado e desamparado. A rua perdeu a sua cor e seu sentido. As pessoas jah nao fazem mais tanta diferen;ca assim nessa plateia inospita que tenho na minha frente. Estou acabado, rasgado.
Nao me sinto mais tao bem em volta das pessoas. Descobri um novo mundo dentro do meu mundo. Nao me aventuro mais. Nao quero sofrer mais. Nao sei mais se devo buscar coisas que dependam de muito mais do que do meu potencial individual. Nao estou mais apto a depender das pessoas, e mesmo que estivesse, qual a grande fun;cao disso ?
Me nego a acreditar na pura existencia do amor, ou pelo menos, nao acredito mais na sua mutualidade. Entro em uma nova fase, agora adapto-me ao mundo. Nao quero mais mudar as coisas ao meu favor, pelo contrario, quero agora, mudar-me a favor das coisas.
Nao sou mais um criador de situa;coes, sou, meramente, um participador das mesmas. Minha influencia agora nao eh mais no papel principal. Essa historia jah nao eh mais minha.
Encontrei em mim, uma vida que nao ha fora de mim. Encontrei talvez, um refugio, um altar. Meu recanto no meu eu.
Nao sei por quanto tempo ainda posso me esconder dentro de mim. Nao sei por quanto tempo continuarei protegido aqui dentro. Nao sei nem se isso pode me trazer problemas futuros. Mas, por enquanto, eh o melhor que eu arranjei.
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